Era a angústia, o vazio que consumia aquele ser, e ele não via o vácuo e o motivo para aquilo, mas procurava, e por não conseguir ver o que lhe perturbava - porque era impossível, não existia - se desesperava. Entrelaçando pensamento no vento forte que o dominava, recostava-se na primeira brisa passageira que o alcançava, imaginando agora o que poderia fazer para aquela calmaria permanecer...
Eu diria que ele deveria amar. Que amasse a vida, a sua vida, e não o desejo de ter uma vida igual à do outro. Que amasse os seus amigos, de verdade, pelo carinho sincero que sentia haver entre eles. Que amasse sua família, do jeito como era, nunca desejando que a identidade dela fosse igual à uma que você admirava - as pessoas devem ser amadas pelo que são, não pelo que queremos que elas sejam. Que amasse, enfim, as diferenças, repeitasse-as. Ninguém é igual. Acredito que o fato de se aprender a amar o que há de diferente em cada um, significa aceitar a personalidade do outro, amando consequentemente ao irmão, ao amigo, ao desconhecido, como a você. Porque você também é diferente.
Amar é aceitar, é retribuir, é se completar, também.
"Que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei" (Jo 15, 12.)
Bom Mariana, sou um cara muito suspeito a falar de teus textos, sabe que os admiro bastante. No entanto o que mais me cativa é essa tua simplicidade de conseguir me prender em palavras que mais parecem mel, doces e suaves, pois nessa questão de amar sou diabético.
ResponderExcluirSenna... você sempre um amor de pessoa. Obrigada pelo carinho. :)
ResponderExcluir