sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mudar faz parte


Lá em casa,  festas, a companhia agradável de velhos amigos, e da família, sempre indescritível, com os cheiros dos pais e depois dos avós, e suas bençãos. Refrigerantes em meio ao calor do povo reunido na rua, e boas risadas, conversas altas, porque o som estava além do permitido, olhares trocados com os rapazes bonitos que encontrava, lanches nos trailers, mais risadas, e no outro dia, por conta do lanche no fim da festa, uma dor de barriga, talvez, porque nada é perfeito. E eu resolvera ficar longe dos três dias que provavelmente seriam assim. Ficara lendo sobre menores infratores, e as medidas socioeducativas responsáveis por lhes incorporar adequadamente à sociedade novamente. Houve quem estranhasse, porque eu adorava aquela festa tradicional em minha cidade, não pela festa, mas pelas companhias que ela me proporcionava. No entanto, resolvi fazer diferente quando abdiquei, pela primeira das muitas vezes, de tudo isso, por conta de um trabalho da universidade. Mais tarde eu abdicaria outras vezes, por causa dos estudos para uma prova que teria de fazer no final do período, por causa de uma monografia, por causa de um concurso público que teria de fazer, ou porque iria querer ficar em casa já que estava cansada mesmo. Mas eu pensava... tudo tem seu tempo, eu já fui, e poderei, se Deus quiser, ir a outras festas, encontrar com  os amigos, com a família e dar abraços e beijos e receber sua benção.
De uma hora pra outra, a gente percebe como as coisas mudam, e como essas mudanças são mesmo necessárias. As responsabilidades vão aparecendo, e os nossos sonhos tecem os caminhos que precisamos trilhar por elas. Tolos seríamos se nos engessássemos, e não aceitássemos, e não nos acostumássemos com a idéia de mudar. Faz parte da vida, amigo.

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