Dizia que eram grilos aqueles "monstros" que não me deixavam em paz, não deixavam de chilrear, fazendo minha mente latejar... Doença que era o medo. Não fosse ele, eu não alimentaria involuntariamente meus pensamentos com o pavor que os rondava, mas deixaria apenas que passassem por ali, e depois outros ventos, saudáveis agora, tomariam espaço onde aquele quisera apenas recostar-se . Esforçava-me para arremessá-los longe, e já tinha certeza que teria de me esforçar para tanto, o resto de minha vida. O Divino me estimulava, e por isso era a Ele a quem eu buscava, sempre; Ele e todas as coisas que são Dele, era isso que eu alimentava, alimento. E já havia provado para mim mesma, que com sua ausência em minha essência, eu não conseguiria. Por isso eu o buscaria, busco, para sempre.
Quanto aos grilos... eles também são criaturas de Deus. Obedientes que são ao nosso criador, tenho certeza que não existe motivo superior a esse que os faça, quando pedidos, se calarem.