quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Seja você mesmo (a)


Queria te descobrir, saber quem você era, do que você gostava, o que você fazia, aquilo que te admirava, queria saber mais sobre você. Tentava enumerar alguns pontos que tínhamos em comum, mas nada demais, as coincidências foram quase banais.
Quem sabe então se eu fosse assim, do seu jeito? se eu começar a gostar das mesmas coisas que você? pensei! como se isso fosse a coisa mais fácil e simples do mundo!
Tentei me engajar com seu estilo musical preferido, saber mais sobre os lugares de que você falava tanto, tentei ser do modo que você gostava, ou que eu pensava que você gostava...
Meu Deus! eu não notava a infantilidade que me passava pela mente!
Onde estava com a cabeça quando pensei que te imitar chamaria sua atenção? em outras vezes, quando nos falássemos, concerteza comungaríamos de muito mais coisas que o normal para duas pessoas pouco conhecidas entre sí, e é claro que ficaria na cara que eu só estava fazendo aquilo e "gostando" daquilo, por que imaginava que aquela era a forma que iria te agradar. Certamente, estaria eu numa boa se você fosse egocêntrico, mas ainda assim não seria a mim, digo, o que sou, de verdade, que você estaria conhecendo.
Olhei para mim mesma. Encarei-me. Onde está você menina? Que parte de ti, as de verdade, ele conhece? nenhuma?
Dei de cara com a realidade, de repente abri meus olhos e ví quão equivocada eu estava.
Claro que não! Claro que agir daquela maneira não era o correto. Ele precisaria conhecer-me, saber de quais músicas eu realmente gostava, saber sobre os lugares que eu já havia ído, saber sobre o que me admirava, saber, realmente, sobre mim.

Quando meus olhos se fizeram abertos, olhei-me mais uma vez, meu rosto agora era mais claro, estava tão mais livre para respirar, inspirar aquilo que gostava. Era bem melhor fitar meu semblante e vê-lo corado, alegre, sem ter que se preocupar buscando detalhes para como agir. Eu estava feliz por ter conseguido enxergar aquilo. Me sentia livre para ser eu mesma.
Ainda encarando-me, fui muito mais firme que em outros momentos em que precisei de tamanha firmeza, e como carregando isso para a vida, disse-me: Seja sempre você mesma!

Mariana Xavier

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Então, é Natal!


Mais uma vez, em mais um ano, Ele chega para embrulhar-te em seus braços e cuidar de você. Chega para mostrar-te de quão tamanha importância é a simplicidade, a humildade, a generosidade. Chega para apresentar-lhe o perdão, e perdoar-te. Para fazer brotar o amor em seu coração, e ainda mais, para AMAR-TE.
Neste Natal, abra as portas de seu coração para que o Menino Jesus possa nele entrar, possa em ti habitar. Que as luzes, ah! as lindas luzes coloridas, os presentes, as mensagens recebidas sejam símbolos da felicidade que Ele vem te dar.
Diga apenas “sim, seja bem vindo”, E tenha um NATAL assim iluminado, assim abençoado, assim, como todo mundo diz, FELIZ!

Feliz Natal, queridos! ;*

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Palavras

Estava transparente demais, queria algo mais visível. Era possível conhecer alguém pela conversa. Analisei seu modo de falar, eu era boa nessas coisas, iria tirar proveito daquelas frases trocadas para te conhecer melhor. Não precisei de muito, poucos minutos depois eu já tirara algumas conclusões a seu respeito. Como foi fácil quebrar aquele encanto exacerbado, era muito diferente do que eu imaginava. Cada palavra, e as pausas, algumas perguntas... eu poderia sentir o seu tom de voz insinuando algo determinado. Alguns minutos antes, meu coração quase fora a mil quando percebeu sua presença, nem eu esperava a minha reação, mas enquanto trocamos os primeiros “oi” e “tudo bem?” tentei fazer com que minhas palavras não denunciassem meu estado de espírito inicial, e acho que consegui, ou pelo menos elas não saíram tremendo. No decorrer da conversa, percebi que até então meus olhos estavam vendados – como sempre ficam a partir do momento que se idealiza algo, alguém – eu não conseguia enxergar nada senão pelos “olhos” da mente, e nela você quase não tinha defeitos.
Eu sabia, eu sabia que tinha que descobrir-te antes de imaginar mais qualquer outra coisa. Tinha de ter pelo menos uma noção da sua personalidade, seu modo de ser, seu jeito. Como poderia me apaixonar por alguém que mal conhecia? Era ridículo! Inaceitável!
Naquele dia, pude sentir mais de perto o quanto as palavras e o modo como as emitimos são importantes. Foi rápido decifrar-te, pelo menos superficialmente. Aos poucos aquela venda foi cedendo, e eu já conseguia ver um pouco mais da realidade, do lado de fora, da verdade.Quando tive que me despedir me sentia normal, e foi simples dizer “tchau!” As palavras, como sempre, haviam conseguido me dizer algo sobre você, e agora eu já me considerava um pouco mais conhecedora de seu jeito, seu modo. Te evitar não seria mais tamanho desafio. Considerava-me mais humana, real e menos mundo da fantasia. Considerava-me mais desiludida.

Tá, tchau!
Fique bem! ;*

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Decidi


Eu não devia pensar tanto em você, "mal" te conhecia, como poderia ocupar tanto minha mente com sua imagem? Eu te idealizava. Claro que não eras nenhum príncipe encantado-já sou bem grandinha para acreditar que esses existem- mas para mim você não tinha muitos defeitos.
Era o moço lindo, nada que tirasse o foco de todos e o fôlego de tantas, mas era o dono de minha atenção e, para os outros, de minha total desatenção. Tinha o sorriso estonteante, e o olhar, ah! o olhar, desse não me atreverei nem a falar... Eu estava incondicionalmente dominada em meus pensamentos. Eu não queria, não podia estar assim, eu sabia que devia tirar você de mim. Você já havia me dado sinais demais de que eu na verdade não passava de uma a mais, de que o nosso nós não iria dar certo, de que nada, senão uma amizade, ou para não exagerar, um coleguismo, poderia crescer entre a gente. Apesar de saber que quase sempre tiro conclusões em tempos muito curtos, eu estava certa de que essas tinham sido corretas. Então, decidi, tentando de todas as formas impôr-me à vontade de meu coração, que quero te evitar, estar longe de você e de tudo que te lembre. Quero te esquecer para não vir a sofrer quando a moça correspondida você conhecer.

Desfarei qualquer sombra de momento da qual lembre, mudarei de posição e deixarei que o sol incida sobre mim e faça sombra em outra direção.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Quilômetros insuficientes


Você estava longe. Mas mesmo tantos quilometros não eram suficientes para separar você de meus pensamentos. Você estava muito mais perto do que poderia imaginar. Eu imaginava!
Eu podia sentir as costas de sua mão afagando meu rosto, seus braços, um tanto fortes, a enlaçar-me, com força suficiente para eu me sentir protegida, mesmo sabendo que qualquer empurranzinho poderia me derrubar - eu me sentia "alta" demais para me segurar tão fácil, quiz dizer, estava nas nuvens. Eu podia ver seus olhos a alguns centímetros de mim, comprimidos, como você o fez na primeira vez em que estivemos juntos. Eu não sabia o que você queria me lançando aquele olhar enlouquecedor, mas talvez fosse isso mesmo, me enlouquecer. Eu podia ver seu sorriso, lindo, tão lindo, e bem alí, à minha frente. E eu podia ver seus lábios, ah! seus lábios, intimidantes demais para não estarem pedindo, aos meus, um beijo. Meu Deus! Eu poderia ver-te tão próximo e a qualquer minuto, você estava num arquivo tão fácil em minha mente, que mesmo que não quisesse acabaria tropeçando nele quando estivesse tentando encontrar qualquer outra coisa por lá.
Na verdade, você já estava alí, presente, em mim, em minha vida, eu que as vezes fazia-me cega, mas isso só com um intuito: não deixar-me assim, apaixonada, alucinada e tão, tão iludida.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Status


Seu status marcava "ausente". Era quase incontrolável a vontade de lançar-te um oi, mesmo sabendo que provavelmente seria ignorada. Segurei-me. Não queria ser chamada de fácil, não queria ser fácil. Minha vontade era que você puxasse a conversa, que você dissesse oi, e perguntasse se estava tudo bem, primeiro.
Na verdade, minha vontade era saber se você também estava pensando em mim naquela hora, ou, se naquele dia, em alguma hora, em algum minuto, ou mesmo, um segundo que fosse, você teria lembrado de mim. Se alguma coisa, uma música, uma fotografia, uma palavra, me lembrou a você. Se vêr-me na página inicial do orkut também era motivo de alegria e ansiedade instantânea.
Bem, acho que não...
Esperei aproximadamente durante duas horas, talvez o maior tempo em que ti ví on line, porque apesar de estar "ocupado" ou "ausente", eu sabia que você estava alí. Você não falou...
Eu tive que sair. Tinha que ir domir, não poderia esperar até que você resolvesse falar comigo. E se você não resolvesse isso? Desisti! Mas com uma grande certeza de que fiz o melhor.

Cada dia torno-me mais convicta de que as vezes precisamos mesmo "sair", desligarmo-nos, evitarmos. Evitar o coração alheio, evitar o pedido de seu próprio coração.
Até quando meu coração estará on line para você, mesmo o seu estando ocupado ou ausente de propósito para mim? Não, não dá. Melhor então evitar.

Off line.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Selinho personalizado


Gente! a quatro dias recebi um outro selinho que me deixou bastante feliz.
A menina por trás da vidraça elaborou um selinho personalizado para seu lindo blog, em comemoração aos 100 seguidores do mesmo, e o entregou, de início, para 9 outros blogs com os quais ela tem afinidade.
Não repetindo, mas me alegrando com ela, vou emitir as palavras que ela mesma usou quando iniciou seu texto para o anúncio dos 100 seguidores e distribuição do selinho:
"Que bela surpresa..."
Sim, foi uma ótima surpresa ver que meu cantinho estava entre os nove escolhidos.

Sou muito, muito grata mesmo pelo seu reconhecimento menina, e fico felicíssima em saber que tens afinidades com meus textos.
Muito OBRIGADA querida!

Para o cumprimento da regra tenho que postar o selinho aqui (como já feito) e completar as frases a seguir:

1. Eu vou até a vidraça porque...
...adoro ler os textos postados lá, são lindos e tenho bastante afinidade com eles também. Ela sabe dozar os temas, e eu gosto disso. Fala de amor e de força, de coragem, de alegrias, de tristeza, da vida como um todo, e tudo em boa medida.
2. Eu acho que a menina Por trás da vidraça é...
...Talvez uma menina quase mulher, (nem menina, nem mulher demais, talvez ela esteja nesse meio termo que é, mais do que qualquer outra coisa, um descobrimento de si mesma) que sente-se feliz em exteriorizar aquilo que vive através dos textos que faz ou que lê e diz: "nossa! esse foi pra mim, pra hoje"
3. Acredito que a idade da menina da vidraça é...
...Bem, como suponho que ela esteja numa fase de menina quase mulher, como falei acima, acho que ela ocila entre os 18 e 22 anos.
4. Sugiro que Por trás da vidraça...
...Seja lido frequentemente. É um blog encantador, com textos lindos principamente no tocante ao sentimentalismo.


Por fim, ressalto minha gratidão e alegria em estar postando mais esse reconhecimento aqui.
Muito obrigada novamente menina e obrigada também a todos os que leem o que posto e gostam do que leem.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Meu irmão, meu maninho, meu mió!


As vezes vamos tão longe buscar coisas, pessoas que teoricamente irão nos fazer bem, serão nosso bem, sem perceber o quanto as verdadeiras pessoas que podem te fazer bem ,na hora que você quiser, quando quiser, estão muito mais próximas de você do que imaginas.
Desde pequenos estivemos juntinhos, antes de nascermos já compartilhamos de um lugar especial, só nosso, partimos do mesmo ventre, fomos recebidos com o mesmo carinho, amor.
Brigávamos, muito mais do que era necessário (se é que era necessário), tudo era motivo para discussões e para chamar : "mãããe, (ou paaai) ele (a) tá arengando comiiigo!", ou quando não se resolvia com um grito, ousávamos dar mordidas e beliscões (ah! quando lembro! rsr).
Em nossa pré e adolescência continuamos juntinhos. (Recordo-me bem, de quando começamos a ir à festas sozinhos, eu pegava carona nos 1 ano e 8 meses de diferença entre nós. Lembra?! Não deixava de ser esperta rsr!)
Com as nossas primeiras decisões, de certo modo, sérias, tivemos de nos afastar um pouco. A distância, de um modo contrário, só fez crescer o amor que havia em mim e em você, eu sinto, um pelo outro. Ela nos aproximou. Percebi ainda mais o quanto eu te amava, o quanto você era importante para minha vida. Esteve alí, presente o tempo todo, e nunca eu havia notado o quanto eu não seria a mesma sem você, e o quanto conversar com você, dessa vez, sem brigas, trocar idéias, rir juntos, fazer palhaçadas, fazer um carinho, dar um xerinho, brincar, andar pelas ruas de nossa pequena grande cidade, era importante, tão importante, e agora, indispensável, para mim.
Não, eu não te vejo mais como um menininho. Aliás, você não é né? 2.0 são muitas cilindradas para um pirralho. Tenho quase um adulto como irmão. Responsável, dedicado, preocupado, amável, que tem seus problemas, e humildade para procurar ajuda quando precisa resolvê-los e não o consegue sozinho.
Os anos passam, e por consequência nossas idades vão nos trazendo coisas novas, pessoas novas, comportamentos novos... Mas nunca, nunca deixaremos de nos amar. Aquele nosso amor que parte desde o ventre de nossa amada mãe, dos braços de nossos pais ao primeiro contato, só cresce e cresce com os anos.
Com você, e com o amor que por ti sinto, só me torno ainda mais convicta do quanto as pessoas que realmente nos amam, que estão alí sempre "perto", e com quem podemos contar quando quisermos para uma palavra amiga, um abraço, um carinho que seja, são aquelas em quem encontramos a felicidade.

Meu amor, afeto, carinho, consideração, por ti meu irmão, é muito maior do que o que descrevo aqui. Mas fiz o possível, garanto!
Você, sem dúvidas, é uma dessas pessoas que me deixa feliz, só por estar ao meu lado, seja num abraço, seja no telefone quando dizes: "oi, tudo bom maninha?!" É bom ouvir sua voz, é bom saber que te tenho com meu irmão, como meu maninho, como meu mió!

PARABÉNS, meu quase adulto de 2.o cavalos!
Eu Te Amo!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Primeiro selo

Gentee! a três dias atrás recebi esse selinho de qualidade.
Nem preciso dizer o quanto ele me deixou feliz não é mesmo?!
Um primeiro reconhecimento de meus escritos.
É muito bom saber que as pessoas leem o que escrevemos e gostam do que leem.


Muuuuito OBRIGADA, novamente, querida Hayssa Renally, do blog Agora eu vou sonhar: http://conversasdela.blogspot.com/(é lindo e fofo, visitem ^^) por tamanha gentileza.

Bem, como regra preciso repassar esse selinho a mais dez pessoas e depois enumerar dez coisas sobre mim.


Sobre mim:
1. Deus é tudo em minha vida
2. Eu sou fascinada por minha família
3. Curso Direito
4. Tenho a voz mais fina que o normal para uma menina de 18 anos
5. Amo trabalhos sociais
6. Adoro animais (salvo algumas excessões)
7. Sou uma amante da música
8. Adoro cantar e faço salmos na igreja
9. Tenho amigos maravilhosos
10. Detesto ficar de mal com alguém ou que aconteça o contrário.

"Repasso" esse selo, para todos aqueles que leem meus textos, e que me deixam feliz sempre que comentam, seja no blog, seja pessoalmente, sobre algum deles. Obrigada queridos! :)



domingo, 5 de dezembro de 2010

Ah, dezembro

Vem dezembro, e trás tuas festas e a alegria junto delas, traduzidas no brilho de tuas luzes.
Traz uma fé renovada, alimentada pela esperança em dias melhores, pessoas melhores.
Traz por fim, um último amor. Seja último na vida, seja último no ano, como você.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Recordação


"Me recordei rapidamente de todas as pessoas e coisas que perdi por ainda não estar preparada para elas, ou por ainda ter muita curiosidade de mundo e dificuldade em ser permanente..."

Tati Bernardi

Incompleta


Claro que já estive mais anciosa em outros momentos, mas agora, posso sentir a minha ansiedade se espalhar pelo meu corpo todo, há um nó em meu estômago que me aperta sempre que penso em você, e em suas palavras, e em seu jeito, e no que podemos fazer quando estivermos juntos, se, um dia, estivermos juntos.
Mil pensamentos rondam pela minha cabeça, como se tudo que eu sonhasse fosse mesmo acontecer. Há instantes em que penso que olhar-me no espelho seria então, encarar a própria ilusão. De fato, a ilusão em pessoa. Porém não me esquivo disso, e olho-me. Estou imcompleta, eu sei, falta-me algo, e talvez por isso eu sonhe tanto, e me entregue tanto a esses pensamentos, e me iluda tanto.
Não, não me castigarei por isso, todo mundo sonha, e nunca ví ninguém não se iludir. Me entregarei a cada possibilidade de concretização, buscando me completar, tentando te completar.