Chega de ilusões. Que tipo de vida eu estaria me dando? Olhos tristes, mortos, cabeça baixa, dependurada na única imagem que me torturara tanto nos últimos meses. Corpo encolhido, como que embrulhando as lembranças de momentos inesquecíveis, como que não querendo perdê-las, deixar escapar. Mas porque? Porque eu não conseguia simplesmente deixar que você escapasse, se eu já havia notado o quanto aquilo me fazia mal? o quanto você, mesmo sem saber - sem saber de nada, absolutamente nada, nem imaginasse - era o motivo daquela minha tristeza? Eu não aguentava mais te procurar nos lugares que ía, tentar te enxergar e fazer mil planos de como ir falar com você se caso você estivesse lá. Eu não aguentava mais ter que encarar as pessoas à direção dos carros na rua, na esperança remota de te ver dirigindo. Eu não aguentava olhar uma foto sua, sem saber quando iria te encontrar de novo, sem te tocar, te abraçar e apreciar-te os olhos e o sorriso, o lindo sorriso que me roubara a total atenção por alguns segundos na última vez em que te ví. Estava me sentindo uma completa idiota, presa a algo tão improvável quanto essa minha própria paixão repentina. Mas eu estava tentando. Por mais que estivesse difícil, insuportável, livrar-me de você, eu estava tentando, e continuaria, até que no máximo um terço do meu dia se resumisse a lembrar-te, a pensar-te a querer-te. O dia todo era estressante demais.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
No máximo 1/3
Chega de ilusões. Que tipo de vida eu estaria me dando? Olhos tristes, mortos, cabeça baixa, dependurada na única imagem que me torturara tanto nos últimos meses. Corpo encolhido, como que embrulhando as lembranças de momentos inesquecíveis, como que não querendo perdê-las, deixar escapar. Mas porque? Porque eu não conseguia simplesmente deixar que você escapasse, se eu já havia notado o quanto aquilo me fazia mal? o quanto você, mesmo sem saber - sem saber de nada, absolutamente nada, nem imaginasse - era o motivo daquela minha tristeza? Eu não aguentava mais te procurar nos lugares que ía, tentar te enxergar e fazer mil planos de como ir falar com você se caso você estivesse lá. Eu não aguentava mais ter que encarar as pessoas à direção dos carros na rua, na esperança remota de te ver dirigindo. Eu não aguentava olhar uma foto sua, sem saber quando iria te encontrar de novo, sem te tocar, te abraçar e apreciar-te os olhos e o sorriso, o lindo sorriso que me roubara a total atenção por alguns segundos na última vez em que te ví. Estava me sentindo uma completa idiota, presa a algo tão improvável quanto essa minha própria paixão repentina. Mas eu estava tentando. Por mais que estivesse difícil, insuportável, livrar-me de você, eu estava tentando, e continuaria, até que no máximo um terço do meu dia se resumisse a lembrar-te, a pensar-te a querer-te. O dia todo era estressante demais.
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