Então, deixei-o. E os recados, as fotos, suas, da sua família, de seus amigos, em nada mais eu tentaria olhá-lo. Ficaria com sua última imagem em minha mente, e esperaria não mais com a mesma ansiedade de outrora para vê-lo novamente, porque eu não queria mais perder meu tempo imaginando como seria aquele reencontro, sua reação, minha reação, como reagiria meu coração, seu coração...
Sua última lembrança? o silêncio, e mal sabia ele o quanto aquele silêncio havia me dito coisas, tantas coisas "eu não quero mais falar com você, me cansei, desista" ou da forma mais educada possível, e também mais dolorosa "por favor, me esqueça". Não, eu não iria esquecer de imediato nenhuma das coisas que o lembravam em mim, eu sei, não seria fácil, mas eu não iria deixar de tentar não lembrar.
A minha vida, minha rotina repleta de coisas cujo tempo era pouco para fazê-las, me ajudava a permanentemente continuar tentando isso. Universidade e daí, o tempo para ler, reler, e ler novamente aquelas apostilas e aqueles livros, os colegas, os amigos que já havia conseguido através daquela, minha família lá longe, e a saudade... tudo isso me ajudava a continuar tentando quando me diziam o quanto eu tinha coisas para com as quais usar meu tempo, precioso tempo. E nem sei se poderia chamar de coisas, pelo valor que norteava tudo isso, tão, mas tão importantes para mim.
Então vá agora, pode ir, a todo tempo sufocando você dentro de mim e quando sei que sua vontade era muito mais estar livre, estar longe de meus pensamentos, de minha mente, não vou mais te prender, eu não quero, e te deixo sair, ir, e ficar longe de mim, o mais longe possível, pra eu nem te olhar, ver, do jeito que você sempre quiz, do jeito que eu nunca quiz, mas que agora, é o jeito que eu mais quero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário