Contudo, instigava-me a sempre fazer algo mais...
Na quase ausência da luz em meu quarto quando acordava, ouvindo Flor de Liz no meu despertador às 06:30h da manhã, era de você que eu lembrava. Adoro o dia, inegavelmente o prefiro à noite, eu gosto de ver as cores vivas das coisas, naturalmente ofuscadas após o crepúsculo; durante ele muito fazia, como sempre, muito faço na verdade, e a cada passo no qual você me interrompe um desejo me cai aos braços, o acolho, aconchegante e seguramente, que longes fique, muito longe de minha mente.
Do lado esquerdo um coração minimamente partido, reprimido, deprimido, cujo motivo um ato indesejado, desconsiderado, nunca por mim antes provado. Vira-me as costas, parecendo-me chegar aquilo a ser uma parede, era uma parede, de espessura tal que me fez triste só em vê-la pois minha força seria então banal. Mas permaneceria eu alí na platéia, vendo os dois dias em que pensei em você muito mais que estudei, assim sem interrupções, continuamente mesmo, irem embora, apenas irem, sem nenhum proveito, a não ser a infelicidade causada, intragantemente degustada.
Das ligações, essas das melhores amizades, os conselhos, e por mais que eu apenas imediatamente acatasse eu sabia o quanto eu sofreria, e o quanto seria difícil anular-te de um pensamento de cujos princípios parecia você fazer parte. Ainda assim eu tentaria muito, porque eu queria dias muito felizes de novo, e muito vivos em cores, cujas flores que pegasse fossem sinal de vida, lindas, e não sinal das desejáveis, completamente impensadas de sua parte, e portanto, inexistentes, bem como esse nosso amor, essa nossa arte, obra de arte, que um coração, o meu coração, mas só o meu, em traços finos esperançosos, espaçosos e trêmulos, pintou.
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