domingo, 10 de abril de 2011

Liberdade a salvo, ou não

Naquele final de semana eu sabia que você estava perto de mim. Não que você houvesse saído de mim em nenhum instante, e portanto, sempre esteve perto, mas falo da distância que só me permitia te ver por fotografias, nada mais. E, ultimamente, nem mesmo por essas, eu evitava, sabe aquele clichê "o que os olhos não veem o coração não sente"? então... apesar de não ser de todo correto, a gente tenta que dê certo, é mais uma questão de fé, acredito, enfim.
Você me viu passando, também o ví. Antes disso, não havia muito tempo eu te confundi com um cara quando passei por um lugar, era tão parecido... voltei, não custava nada tentar vê-lo mais de perto. Nos 5 minutos antes de chegar ao local meu coração teria conseguido bater 650 vezes, no mínimo tenho certeza, minhas mãos estavam geladas, e o medo agora, era "você" perceber, respirei fundo antes de ir ao encontro do desconhecido. E então, a surpresa, era outro o rapaz. Naquela mesma noite te encherguei mais uma vez, mas acho que não foi recíproco, ou se foi, eu não percebi, ou você não quis que eu percebesse (a segunda opção me deixa com menos dúvidas, confesso).
Na noite do dia seguinte eu estaria simplismente louca para sair de casa e te ver, passando, nem que fosse dentro do carro, de longe, e mesmo que você nem me visse, mas eu ficaria feliz. A indisposição de uns amigos, me fizeram sair um pouco tarde já, mas mesmo assim, eu fui, e a única coisa que consegui ver foram seus pais, legal né? nossa! algo como você, por exemplo, a deixaria ótima, mas isso não significa dizer que ela não tenha sido boa, agradável.
Depois de tudo isso, e no seu decorrer, a única coisa em que eu conseguia pensar era em como eu estava sendo boba, nada mais, mas nunca neguei que esse é um ótimo sinônimo para apaixonada, vislumbrada, encantada. Meu Deus, era isso mesmo, eu estava simplismente fascinada por você! A essa altura, eu já me conformara que o ato de fazer-me te esquecer era de todo função do tempo, e eu seria paciente, deixaria ele cumprir com essa sua tarefa. E sabe, o último teste acadêmico que fiz foi de Direito Penal, quando estudava aprendi algo interessante e de grande valia nesse nosso contexto, ou meu contexto: enquanto eu não estiver afetando a terceiros, eu jamais posso ser punida por aquilo que trago dentro de meu ser, então, mesmo que minha amiga tenha saído comigo a seu encontro, que com certeza seria casual, e mesmo que ela gaste um bom tempo tendo que me escutar falar seu nome, como eu "não" a obrigava a isso, eu estava tranquila, por nenhum motivo a esse respeito eu seria privada de minha liberdade. Bastava meu coração está preso a você, e já era demais, quando eu sabia que o seu no máximo lembraria meu nome, mas só isso.

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