quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Seja você mesmo (a)


Queria te descobrir, saber quem você era, do que você gostava, o que você fazia, aquilo que te admirava, queria saber mais sobre você. Tentava enumerar alguns pontos que tínhamos em comum, mas nada demais, as coincidências foram quase banais.
Quem sabe então se eu fosse assim, do seu jeito? se eu começar a gostar das mesmas coisas que você? pensei! como se isso fosse a coisa mais fácil e simples do mundo!
Tentei me engajar com seu estilo musical preferido, saber mais sobre os lugares de que você falava tanto, tentei ser do modo que você gostava, ou que eu pensava que você gostava...
Meu Deus! eu não notava a infantilidade que me passava pela mente!
Onde estava com a cabeça quando pensei que te imitar chamaria sua atenção? em outras vezes, quando nos falássemos, concerteza comungaríamos de muito mais coisas que o normal para duas pessoas pouco conhecidas entre sí, e é claro que ficaria na cara que eu só estava fazendo aquilo e "gostando" daquilo, por que imaginava que aquela era a forma que iria te agradar. Certamente, estaria eu numa boa se você fosse egocêntrico, mas ainda assim não seria a mim, digo, o que sou, de verdade, que você estaria conhecendo.
Olhei para mim mesma. Encarei-me. Onde está você menina? Que parte de ti, as de verdade, ele conhece? nenhuma?
Dei de cara com a realidade, de repente abri meus olhos e ví quão equivocada eu estava.
Claro que não! Claro que agir daquela maneira não era o correto. Ele precisaria conhecer-me, saber de quais músicas eu realmente gostava, saber sobre os lugares que eu já havia ído, saber sobre o que me admirava, saber, realmente, sobre mim.

Quando meus olhos se fizeram abertos, olhei-me mais uma vez, meu rosto agora era mais claro, estava tão mais livre para respirar, inspirar aquilo que gostava. Era bem melhor fitar meu semblante e vê-lo corado, alegre, sem ter que se preocupar buscando detalhes para como agir. Eu estava feliz por ter conseguido enxergar aquilo. Me sentia livre para ser eu mesma.
Ainda encarando-me, fui muito mais firme que em outros momentos em que precisei de tamanha firmeza, e como carregando isso para a vida, disse-me: Seja sempre você mesma!

Mariana Xavier

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Então, é Natal!


Mais uma vez, em mais um ano, Ele chega para embrulhar-te em seus braços e cuidar de você. Chega para mostrar-te de quão tamanha importância é a simplicidade, a humildade, a generosidade. Chega para apresentar-lhe o perdão, e perdoar-te. Para fazer brotar o amor em seu coração, e ainda mais, para AMAR-TE.
Neste Natal, abra as portas de seu coração para que o Menino Jesus possa nele entrar, possa em ti habitar. Que as luzes, ah! as lindas luzes coloridas, os presentes, as mensagens recebidas sejam símbolos da felicidade que Ele vem te dar.
Diga apenas “sim, seja bem vindo”, E tenha um NATAL assim iluminado, assim abençoado, assim, como todo mundo diz, FELIZ!

Feliz Natal, queridos! ;*

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Palavras

Estava transparente demais, queria algo mais visível. Era possível conhecer alguém pela conversa. Analisei seu modo de falar, eu era boa nessas coisas, iria tirar proveito daquelas frases trocadas para te conhecer melhor. Não precisei de muito, poucos minutos depois eu já tirara algumas conclusões a seu respeito. Como foi fácil quebrar aquele encanto exacerbado, era muito diferente do que eu imaginava. Cada palavra, e as pausas, algumas perguntas... eu poderia sentir o seu tom de voz insinuando algo determinado. Alguns minutos antes, meu coração quase fora a mil quando percebeu sua presença, nem eu esperava a minha reação, mas enquanto trocamos os primeiros “oi” e “tudo bem?” tentei fazer com que minhas palavras não denunciassem meu estado de espírito inicial, e acho que consegui, ou pelo menos elas não saíram tremendo. No decorrer da conversa, percebi que até então meus olhos estavam vendados – como sempre ficam a partir do momento que se idealiza algo, alguém – eu não conseguia enxergar nada senão pelos “olhos” da mente, e nela você quase não tinha defeitos.
Eu sabia, eu sabia que tinha que descobrir-te antes de imaginar mais qualquer outra coisa. Tinha de ter pelo menos uma noção da sua personalidade, seu modo de ser, seu jeito. Como poderia me apaixonar por alguém que mal conhecia? Era ridículo! Inaceitável!
Naquele dia, pude sentir mais de perto o quanto as palavras e o modo como as emitimos são importantes. Foi rápido decifrar-te, pelo menos superficialmente. Aos poucos aquela venda foi cedendo, e eu já conseguia ver um pouco mais da realidade, do lado de fora, da verdade.Quando tive que me despedir me sentia normal, e foi simples dizer “tchau!” As palavras, como sempre, haviam conseguido me dizer algo sobre você, e agora eu já me considerava um pouco mais conhecedora de seu jeito, seu modo. Te evitar não seria mais tamanho desafio. Considerava-me mais humana, real e menos mundo da fantasia. Considerava-me mais desiludida.

Tá, tchau!
Fique bem! ;*

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Decidi


Eu não devia pensar tanto em você, "mal" te conhecia, como poderia ocupar tanto minha mente com sua imagem? Eu te idealizava. Claro que não eras nenhum príncipe encantado-já sou bem grandinha para acreditar que esses existem- mas para mim você não tinha muitos defeitos.
Era o moço lindo, nada que tirasse o foco de todos e o fôlego de tantas, mas era o dono de minha atenção e, para os outros, de minha total desatenção. Tinha o sorriso estonteante, e o olhar, ah! o olhar, desse não me atreverei nem a falar... Eu estava incondicionalmente dominada em meus pensamentos. Eu não queria, não podia estar assim, eu sabia que devia tirar você de mim. Você já havia me dado sinais demais de que eu na verdade não passava de uma a mais, de que o nosso nós não iria dar certo, de que nada, senão uma amizade, ou para não exagerar, um coleguismo, poderia crescer entre a gente. Apesar de saber que quase sempre tiro conclusões em tempos muito curtos, eu estava certa de que essas tinham sido corretas. Então, decidi, tentando de todas as formas impôr-me à vontade de meu coração, que quero te evitar, estar longe de você e de tudo que te lembre. Quero te esquecer para não vir a sofrer quando a moça correspondida você conhecer.

Desfarei qualquer sombra de momento da qual lembre, mudarei de posição e deixarei que o sol incida sobre mim e faça sombra em outra direção.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Quilômetros insuficientes


Você estava longe. Mas mesmo tantos quilometros não eram suficientes para separar você de meus pensamentos. Você estava muito mais perto do que poderia imaginar. Eu imaginava!
Eu podia sentir as costas de sua mão afagando meu rosto, seus braços, um tanto fortes, a enlaçar-me, com força suficiente para eu me sentir protegida, mesmo sabendo que qualquer empurranzinho poderia me derrubar - eu me sentia "alta" demais para me segurar tão fácil, quiz dizer, estava nas nuvens. Eu podia ver seus olhos a alguns centímetros de mim, comprimidos, como você o fez na primeira vez em que estivemos juntos. Eu não sabia o que você queria me lançando aquele olhar enlouquecedor, mas talvez fosse isso mesmo, me enlouquecer. Eu podia ver seu sorriso, lindo, tão lindo, e bem alí, à minha frente. E eu podia ver seus lábios, ah! seus lábios, intimidantes demais para não estarem pedindo, aos meus, um beijo. Meu Deus! Eu poderia ver-te tão próximo e a qualquer minuto, você estava num arquivo tão fácil em minha mente, que mesmo que não quisesse acabaria tropeçando nele quando estivesse tentando encontrar qualquer outra coisa por lá.
Na verdade, você já estava alí, presente, em mim, em minha vida, eu que as vezes fazia-me cega, mas isso só com um intuito: não deixar-me assim, apaixonada, alucinada e tão, tão iludida.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Status


Seu status marcava "ausente". Era quase incontrolável a vontade de lançar-te um oi, mesmo sabendo que provavelmente seria ignorada. Segurei-me. Não queria ser chamada de fácil, não queria ser fácil. Minha vontade era que você puxasse a conversa, que você dissesse oi, e perguntasse se estava tudo bem, primeiro.
Na verdade, minha vontade era saber se você também estava pensando em mim naquela hora, ou, se naquele dia, em alguma hora, em algum minuto, ou mesmo, um segundo que fosse, você teria lembrado de mim. Se alguma coisa, uma música, uma fotografia, uma palavra, me lembrou a você. Se vêr-me na página inicial do orkut também era motivo de alegria e ansiedade instantânea.
Bem, acho que não...
Esperei aproximadamente durante duas horas, talvez o maior tempo em que ti ví on line, porque apesar de estar "ocupado" ou "ausente", eu sabia que você estava alí. Você não falou...
Eu tive que sair. Tinha que ir domir, não poderia esperar até que você resolvesse falar comigo. E se você não resolvesse isso? Desisti! Mas com uma grande certeza de que fiz o melhor.

Cada dia torno-me mais convicta de que as vezes precisamos mesmo "sair", desligarmo-nos, evitarmos. Evitar o coração alheio, evitar o pedido de seu próprio coração.
Até quando meu coração estará on line para você, mesmo o seu estando ocupado ou ausente de propósito para mim? Não, não dá. Melhor então evitar.

Off line.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Selinho personalizado


Gente! a quatro dias recebi um outro selinho que me deixou bastante feliz.
A menina por trás da vidraça elaborou um selinho personalizado para seu lindo blog, em comemoração aos 100 seguidores do mesmo, e o entregou, de início, para 9 outros blogs com os quais ela tem afinidade.
Não repetindo, mas me alegrando com ela, vou emitir as palavras que ela mesma usou quando iniciou seu texto para o anúncio dos 100 seguidores e distribuição do selinho:
"Que bela surpresa..."
Sim, foi uma ótima surpresa ver que meu cantinho estava entre os nove escolhidos.

Sou muito, muito grata mesmo pelo seu reconhecimento menina, e fico felicíssima em saber que tens afinidades com meus textos.
Muito OBRIGADA querida!

Para o cumprimento da regra tenho que postar o selinho aqui (como já feito) e completar as frases a seguir:

1. Eu vou até a vidraça porque...
...adoro ler os textos postados lá, são lindos e tenho bastante afinidade com eles também. Ela sabe dozar os temas, e eu gosto disso. Fala de amor e de força, de coragem, de alegrias, de tristeza, da vida como um todo, e tudo em boa medida.
2. Eu acho que a menina Por trás da vidraça é...
...Talvez uma menina quase mulher, (nem menina, nem mulher demais, talvez ela esteja nesse meio termo que é, mais do que qualquer outra coisa, um descobrimento de si mesma) que sente-se feliz em exteriorizar aquilo que vive através dos textos que faz ou que lê e diz: "nossa! esse foi pra mim, pra hoje"
3. Acredito que a idade da menina da vidraça é...
...Bem, como suponho que ela esteja numa fase de menina quase mulher, como falei acima, acho que ela ocila entre os 18 e 22 anos.
4. Sugiro que Por trás da vidraça...
...Seja lido frequentemente. É um blog encantador, com textos lindos principamente no tocante ao sentimentalismo.


Por fim, ressalto minha gratidão e alegria em estar postando mais esse reconhecimento aqui.
Muito obrigada novamente menina e obrigada também a todos os que leem o que posto e gostam do que leem.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Meu irmão, meu maninho, meu mió!


As vezes vamos tão longe buscar coisas, pessoas que teoricamente irão nos fazer bem, serão nosso bem, sem perceber o quanto as verdadeiras pessoas que podem te fazer bem ,na hora que você quiser, quando quiser, estão muito mais próximas de você do que imaginas.
Desde pequenos estivemos juntinhos, antes de nascermos já compartilhamos de um lugar especial, só nosso, partimos do mesmo ventre, fomos recebidos com o mesmo carinho, amor.
Brigávamos, muito mais do que era necessário (se é que era necessário), tudo era motivo para discussões e para chamar : "mãããe, (ou paaai) ele (a) tá arengando comiiigo!", ou quando não se resolvia com um grito, ousávamos dar mordidas e beliscões (ah! quando lembro! rsr).
Em nossa pré e adolescência continuamos juntinhos. (Recordo-me bem, de quando começamos a ir à festas sozinhos, eu pegava carona nos 1 ano e 8 meses de diferença entre nós. Lembra?! Não deixava de ser esperta rsr!)
Com as nossas primeiras decisões, de certo modo, sérias, tivemos de nos afastar um pouco. A distância, de um modo contrário, só fez crescer o amor que havia em mim e em você, eu sinto, um pelo outro. Ela nos aproximou. Percebi ainda mais o quanto eu te amava, o quanto você era importante para minha vida. Esteve alí, presente o tempo todo, e nunca eu havia notado o quanto eu não seria a mesma sem você, e o quanto conversar com você, dessa vez, sem brigas, trocar idéias, rir juntos, fazer palhaçadas, fazer um carinho, dar um xerinho, brincar, andar pelas ruas de nossa pequena grande cidade, era importante, tão importante, e agora, indispensável, para mim.
Não, eu não te vejo mais como um menininho. Aliás, você não é né? 2.0 são muitas cilindradas para um pirralho. Tenho quase um adulto como irmão. Responsável, dedicado, preocupado, amável, que tem seus problemas, e humildade para procurar ajuda quando precisa resolvê-los e não o consegue sozinho.
Os anos passam, e por consequência nossas idades vão nos trazendo coisas novas, pessoas novas, comportamentos novos... Mas nunca, nunca deixaremos de nos amar. Aquele nosso amor que parte desde o ventre de nossa amada mãe, dos braços de nossos pais ao primeiro contato, só cresce e cresce com os anos.
Com você, e com o amor que por ti sinto, só me torno ainda mais convicta do quanto as pessoas que realmente nos amam, que estão alí sempre "perto", e com quem podemos contar quando quisermos para uma palavra amiga, um abraço, um carinho que seja, são aquelas em quem encontramos a felicidade.

Meu amor, afeto, carinho, consideração, por ti meu irmão, é muito maior do que o que descrevo aqui. Mas fiz o possível, garanto!
Você, sem dúvidas, é uma dessas pessoas que me deixa feliz, só por estar ao meu lado, seja num abraço, seja no telefone quando dizes: "oi, tudo bom maninha?!" É bom ouvir sua voz, é bom saber que te tenho com meu irmão, como meu maninho, como meu mió!

PARABÉNS, meu quase adulto de 2.o cavalos!
Eu Te Amo!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Primeiro selo

Gentee! a três dias atrás recebi esse selinho de qualidade.
Nem preciso dizer o quanto ele me deixou feliz não é mesmo?!
Um primeiro reconhecimento de meus escritos.
É muito bom saber que as pessoas leem o que escrevemos e gostam do que leem.


Muuuuito OBRIGADA, novamente, querida Hayssa Renally, do blog Agora eu vou sonhar: http://conversasdela.blogspot.com/(é lindo e fofo, visitem ^^) por tamanha gentileza.

Bem, como regra preciso repassar esse selinho a mais dez pessoas e depois enumerar dez coisas sobre mim.


Sobre mim:
1. Deus é tudo em minha vida
2. Eu sou fascinada por minha família
3. Curso Direito
4. Tenho a voz mais fina que o normal para uma menina de 18 anos
5. Amo trabalhos sociais
6. Adoro animais (salvo algumas excessões)
7. Sou uma amante da música
8. Adoro cantar e faço salmos na igreja
9. Tenho amigos maravilhosos
10. Detesto ficar de mal com alguém ou que aconteça o contrário.

"Repasso" esse selo, para todos aqueles que leem meus textos, e que me deixam feliz sempre que comentam, seja no blog, seja pessoalmente, sobre algum deles. Obrigada queridos! :)



domingo, 5 de dezembro de 2010

Ah, dezembro

Vem dezembro, e trás tuas festas e a alegria junto delas, traduzidas no brilho de tuas luzes.
Traz uma fé renovada, alimentada pela esperança em dias melhores, pessoas melhores.
Traz por fim, um último amor. Seja último na vida, seja último no ano, como você.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Recordação


"Me recordei rapidamente de todas as pessoas e coisas que perdi por ainda não estar preparada para elas, ou por ainda ter muita curiosidade de mundo e dificuldade em ser permanente..."

Tati Bernardi

Incompleta


Claro que já estive mais anciosa em outros momentos, mas agora, posso sentir a minha ansiedade se espalhar pelo meu corpo todo, há um nó em meu estômago que me aperta sempre que penso em você, e em suas palavras, e em seu jeito, e no que podemos fazer quando estivermos juntos, se, um dia, estivermos juntos.
Mil pensamentos rondam pela minha cabeça, como se tudo que eu sonhasse fosse mesmo acontecer. Há instantes em que penso que olhar-me no espelho seria então, encarar a própria ilusão. De fato, a ilusão em pessoa. Porém não me esquivo disso, e olho-me. Estou imcompleta, eu sei, falta-me algo, e talvez por isso eu sonhe tanto, e me entregue tanto a esses pensamentos, e me iluda tanto.
Não, não me castigarei por isso, todo mundo sonha, e nunca ví ninguém não se iludir. Me entregarei a cada possibilidade de concretização, buscando me completar, tentando te completar.

domingo, 28 de novembro de 2010

A culpa é sua


Foi você quem gravou seu olhar em minha mente, e seu sorriso. Tentava disfarçar, percebendo o meu próprio disfarce em não querer ser percebida no meu olhar. Sorri. Não mais fui olhada. Sua cabeça agora estava baixa, e a minha erguida a te procurar quando por mim passara.

Na manhã seguinte, eu poderia ter acordado não pensando em você, mas não foi o que aconteceu.
E a culpa é sua, e de seus olhos e de seu sorriso.

Aprendi, com a vida


Os medos que por mim correm parecem ser de movimento perpétuo, nunca se eximem a parar, deixar de me contornar. Caio, desequilibrada, entorpecida em olhar meus próprios temores entrelaçados á minha frente. Em cada tombo observo-me, buscando forças para levantar. Enfraquecida, só não vejo-me mais perdida porque aprendi, com a vida, a manter-me erguida, levantar-me quando caída, e seguir em frente, não fingindo-me despercebida, mas desatando, ou pelo menos tentando desatar, aqueles nós de anteriormente.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Apenas vivida

Tão simples, tão difícil de ser entendida
Tão óbvia a nossos olhos
Mas tão não compreendida é a vida
Ela é o vento, e o frio, e o calor
É a flor que desabrocha no campo
E é o campo e a cidade
A terra, barro, e o asfalto
E são os carros e as casas
A televisão, o rádio e a cama
E os irracionais, e nós, pessoas
Seres humanos
Tudo isso se completa, e descompleta
Quando tentamos dizer o que é a vida
Mistério, curiosidade repassada pelos séculos
Hoje somos tudo isso, e amanhã não somos mais
Somos pó e ao pó voltaremos
Então, nunca deixaremos de ser isso
ou então, nunca fomos nada?!
Difícil de ser explicada
Mais fácil é dizer então que apenas deve ser vivida
É isso! Bingo!
Ela não precisa ser entendida, compreendida ou explicada
Apenas, viva a vida e mais nada.

Descobrindo o mundo, descobrindo a mim mesma

Temo que, diante dos olhos imparciais que nos cercam, pessoas boas por completo sejam quase impossíveis de se encontrar. Ultimamente tenho tomado lições por mim mesma, reflexos estranhos de coisas que assim não as ví ao emití-las. Algo escuro e frio tenta tomar a nitidez de minha visão, como nuvens em dias de inverno tapando o céu azul claro do outono anterior. O conflito porém, é entre eu e eu mesma. Talvez essa escuridão só me deixe mais íntima do meu íntimo, o qual preciso moldar. A luz que falta deve aparecer assim que eu reconhecer o mundo em que vivo, perceber que minha bondade nem sempre vai ser a do meu vizinho, do meu amigo, do meu conhecido. Os fatos, já há algum tempo, me faziam começar a perceber a diversidade de pensamentos em que vivo imers;, perceber o mundo, assim misturado, assim heterogêneo, assim polifásico. E agora, ainda mais, vejo o quanto as opiniões a meu próprio respeito rondam mais concorrentes que paralelas. Nunca serei para um alguém aquilo que sou para um outro. Nunca serei para todos aquilo que realmente intenciono ser. Nunca serei completa, mas moldável aos olhos curiosos e atentos que me observam. Ainda que eu tente, e me culpe, e me preocupe com aspectos tão mínimos, pequeninos, observando ser uma pessoa boa o bastante para agradar aos muitos que me rodeiam e ligam-se a mim, seja por meio de uma simples oi ou por meio de uma amizade de anos, não adianta! eu nunca serei boa para todos esses, eu nunca conseguirei não ser taxada de erro.
Ainda assim, posso ver um raio de luz, algum claro corta essa escuridão. Pela minha fé, sendo essa a preenchedora de todas as lacunas que viriam, em sua ausência, a listrar o meu ser, e a vinculadora de minha paz e paciência interior, digo que essa luz só pode ser Jesus. Convicta disso, só sinto que Ele, mesmo sendo Ele, ilumina-me dizendo algo tão óbvio e simples: "Nem eu consegui agradar a todos"

Faço minha parte, penso. E um suspiro de quase alívio me deixa deitar e dormir bem.

domingo, 14 de novembro de 2010

Presa a você, amor


Ah, amor improvável, que nos mais distantes sonhos se instala, toma o espaço da mente, insesantemente se apossa dos meus pensamentos diários. Tão inocente eu caio nas tuas lábias e ditos, ou nos teus olhares disfarçados e tua cabeça baixa, ou erguida, tanto quanto minha própria cabeça que não baixa pra não perder nenhum movimento que faças, admito. Tão iludida me torno quando vejo teus sinais, os mais simples que sejam. Quando menos espero, ou talvez quando já espero, me vejo presa a você. O que fazer? nada, apenas aceitar, deixar-se correspondida, amar.

Não, eu ainda não te esqueci


Imagine! Eu pensei que havia te esquecido, que você não significava mais nada para mim senão um ex grande amor, ou um possível futuro grande amigo, pois a mágoa da tua negativa foi tão profunda, que nem SÓ amigo acho que somos mais; mas ultimamente, e acentuando meu orgulho a seu respeito, digo ultimanente, a uns dois ou três dias atrás, tenho pensado tanto em você. Eu, que achava que não lembrava de mais nada que antes te lembrava, mas me recordo bem do seu cheiro, do seu beijo, do seu abraço, do seu sorriso lindo, talvez o mais lindo que eu já tenha visto até hoje, das suas idiotices, e quantas delas! e de seus defeitos, mas nada que me faça esquecer os momentos, digo, os poucos, em que estivemos juntos. Agora sinto uma saudade, uma saudade tão grande de ti e de ti ouvir pedir com uma voz suave ao meu ouvido para repetir as inocentes palavras que me fizeram infantil em nosso primeiro encontro...
Se tudo não tivesse acabado daquela forma em que meu coração em mil, ou porque não em infinitos, pedaços foi quebrado pelas tuas palavras tão breves e frias, muito frias e subtamente dolorosas, eu poderia jurar que hoje seriamos um casalsinho, ou pelo menos, ainda amigos.


'Naquele dia, eu só escutei, ouvi comentários que você estaria alí, meu coração disparou, foi inevitável, e eu te procurei na fila de entrada, tentando enganar aos outros e a mim mesma disfarçando a minha ansiedade em te ver. Não te encontrei, mas naquele momento, tive certeza que não te esqueci.'

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Leia, guarde, faça, isso!


Você acha que está só / mas não se deixe enganar / não se deixe levar / por sentimentos tão aflitos / Não arme, para si mesmo, conflitos / quando nada está perdido / Olhe ao seu redor/ veja! tem pessoas querendo te ajudar;

Deixe o amor falar mais alto / Deixe solta a vontade de viver / Lembre de Deus e de tudo o que há de bom / Não deixe a inveja lhe conter / Você é muito mais do que possa parecer;

Não se desespere, mas espere / Tenha calma, tudo dará certo / A sua vida pede paciência / para organizar a sua consciência / fazer ela notar que / as pessoas que lhe estendem a mão / são seus amigos e te adoram / e só querem te ajudar;

Deixe agora que a bondade fale mais alto / traz do fundo o ar para respirar / a vontade de viver, deixe-se soltar / e não permita que a tua ajuda te escape / mas a acolha e a use / é o melhor a se fazer.

De mês em mês

A cada página destacada do mini calendário na geladeira...
a certeza de um ano que se passa, a alegria de muita coisa feita, a culpa de muita coisa que devia ter sido feita, o medo de chegar ao final sem aproveitar todo o tempinho que resta para fazer aquilo que se tem a fazer, mas sempre a esperança em dias melhores, em um mês melhor para se conseguir, melhor, aquilo que se quer.
Sim, ainda dar tempo, basta querer.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Onde estou, que eu mesma não sou?


Não entendo essas coisas de ficar assim triste, assim do nada. Não entendo quando fico triste sabendo que existe um porquê mas sem saber o que.

Onde estás, menina de cabelo comprido, de olhar claro, de sorriso sincero, de voz fina e mansa, de risos descontraídos, destemidos? Nessas horas, só enchergo teu cabelo comprido, teu olhar recaído, quando falas e sorris, um sorriso sincero mas pequenino, uma voz fina e quase sem som, uma falta de você dentro de você mesma.
Onde estou? onde estou, que eu mesma não sou?

Não consegui, desisti, mas aprendi


Talvez aquele não fosse o momento certo para se começar. Eu era tão frágil, tão menos inexperiente com essas coisas da vida. Ainda hoje me pergunto o motivo de ter dito sim, tão rápido. Apenas afirmei, aceitei, e no final, sofri.
Você me apareceu justo quando eu não estava muito bem sentimentalmente. Surpreendi-me com o seu pedido, me rendi.
Eu tentei, juro como eu tentei retribuir os seus Eu Te Amo, na mesma intensidade, com a mesma tamanha sinceridade. Mas eu não conseguia. Eu queria e ao mesmo tempo não queria.Tinha medo da minha idade, da sua idade. Minhas asas estavam acabando de ser terminadas, tinha medo de não voar no tempo certo. Ah! eu temia. Temia inclusive perder o seu amor e nunca mais encontrar um igual, nunca mais encontrar alguém que me desse tanto carinho, tanta atenção, que tivesse tanto cuidado comigo, e que me amasse daquele jeito, mesmo com tantas limitações. Eu sofria...
Sofria porque eu via que eu não estava certa em te tratar daquela forma, por não conseguir amar-te do modo como me amavas, sofria por ver que você, mesmo diante de tudo isso, não desistia, insistia...
Mas eu não quis insistir mais em querer te amar, minhas tentativas já tinham sido em vão, e aquilo já tinha me feito muito mal. Eu não conseguiria, já sabia. Então, porque aprisionar-te a mim, e aprisionar-me a ti, quando, na verdade, tal celagem persistia em não dar certo? Que tipo de amor poderia nascer em meio ao temor, ao sofrimento, à tristeza, a insistência?
Desisti, porém, aprendi...
Aprendi a dizer não e sim quando melhor pensar, para não vir a tropeçar; aprendi que o amor não surge sob pressão a nada, ele simplismente nasce, sem que percebamos; aprendi que desse sentimento, os antecedentes nunca serão, o temor, a tristeza, o sofrimento, enfim, aprendi muito, inclusive a entender, cada coisa, cada pessoa, e seu devido valor.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Saudade de ser pequena


Quando pequeninos, nunca imaginamos que o "quando eu crescer" chega tão rápido.
E quando isso acontece, vemos o quanto era bom ser criança, e sentimos saudades...


Saudades de ser tão inocente, de achar que tudo estava bom e que tudo girava em torno das bonecas e das brincadeiras de roda, das musiquinhas infantis, e das conversinhas, geralmente sobre brinquedos e brincadeiras, na hora do recreio. Ah, saudade do recreio, das provinhas "fáceis", do abraço da Tia, da fardinha, lancheira...
Saudades dos vestidos rodados, das maria chiquinhas de bolinhas e de bichinhos, e das maquiagens da Sandy...
Saudades de andar de bicicleta sem se preocupar se o sol ía queimar a pele, se o joelho, depois de uma queda, ía ficar feio ou não, de escorregar no chão de sabão...
Saudades dos meninos bonitos da escola, de omitir o amor a um deles quando na verdade o amava, (ah, esse era o primeiro sinal do amor, e como tenho saudades dele), saudades dos recadinhos de leva e traz das amigas, saudades da ansiedade do primeiro beijo...
Saudades de não ter tanta responsabilidade e não ouvir seu pai ou sua mãe dizer que "você já tá bem grandinho para saber o que querer"...
Saudades de não ser dona de mim mesma.
Quantas saudades da infância...

Saudades de achar que existem lâmpadas mágicas e gênios.
E se nesse descompasso da realidade eu viesse em uma tropeçar, pediria para esse tempo voltar até que eu matasse essa saudade e aproveitasse melhor o tempo de dizer "quando eu crescer".
Com uma diferença, nesse retrocesso a única certeza que eu iria ter era que "quando eu crescesse, teria saudade de ser pequena"

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Vale


Vem, segure em minha mão.
Sinto que você me ama...

-Sim, eu também Te Amo!

Segurar sua mão as vezes vale muito mais que imaginas!

domingo, 10 de outubro de 2010

Foi Deus


Foi Deus que fez o céu, o rancho das estrelas
Fez também o seresteiro para conversar com elas
Fez a lua que prateia minha estrada de sorrisos
E a serpente que expulsou mais de um milhão do paraíso
Foi Deus quem fez você
Foi Deus que fez o amor
Fez nascer a eternidade num momento de carinho
Fez até o anonimato dos afetos escondidos
E a saudade dos amores que já foram destruídos
Foi Deus
Foi Deus que fez o vento
Que sopra os teus cabelos
Foi Deus quem fez o orvalho
Que molha o teu olhar, teu olhar
Foi Deus que fez as noites
E o violão planjente
Foi Deus que fez a gente
Somente para amar, só para amar.

Foi Deus quem fez você (Luiz Ramalho)

sábado, 9 de outubro de 2010

Catavento

Gira, gira como catavento, nessa direção. E ainda que mude o sentido o vento, e do redemoinho surja o tormento, não deixes de produzir aquilo que manda o seu coração.

Mariana Xavier

domingo, 3 de outubro de 2010

Assim como as flores


"Tudo o que é belo tende a ser simples. Afirmação generalizante? Não sei. O que sei é que a beleza anda de braços dados com a simplicidade. Basta observar a lógica silenciosa que prevalece nos jardins. Vida que se ocupa de ser só o que é. Não querem outra coisa, senão a necessidade de cada instante.
A simplicidade é uma forma de leveza. Nas relações humanas ela faz a diferença. O que cultiva a simplicidade tem a facilidade de tornar leve o ambiente em que vive. Não cria confusão por pouca coisa; não coloca sua atenção no que é acidental, mas prende os olhos naquilo que verdadeiramente vale à pena.
Pessoas simples são aquelas que se encantam com as coisas menores. Sabem sorrir diante de presentes simbólicos e sem muito valor material. A simplicidade lhe capacita para perceber que nem tudo precisa ter utilidade.

Tenho uma intuição de que quando eu simplificar a minha vida, a felicidade chegará em minha casa, quando eu menos esperar."

Trechos de Pe. Fábio de melo em Simplifique sua vida!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

É a frase final


Eu não quero ninguém perfeito, até porque nunca gostei de atribuir esse adjetivo a ninguém senão a Deus, mas eu quero alguém que me veja, mesmo assim, com esse baby doll velho, com uma certa insidência de olheiras, com esse cabelo mal amarrado, sem pó no rosto, sombra, lápis, batom... e ainda assim diga, simplismente e sinceramente, que me ama.
Acho que é isso que eu chamo de amor para a vida inteira!

O que? você não entendeu o título? é a frase final do texto!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Eu quero


Eu quero sair daqui da frente do computador, quero assistir um filme, quero estudar pra prova da semana que vem, quero ler um livro que fale sobre um assunto qualquer, quero ler um outro que trate de algo mais científico, que seja mais didático, eu quero aprender a tocar violão, eu quero sair e ir visitar minhas amigas, eu quero ir ver meus avós, quero ir alí pra sala e ficar com meus pais somente conversando besteiras, jogando conversa fora, eu quero dormir cedo hoje para acordar cedo amanhã e aproveitar o dia por inteiro, eu quero assistir a novela daqui a pouco pra não ficar por fora quando o povo falar sobre ela, eu quero ler mais sobre os candidatos aos cargos para a ocupação dos quais preciso, daqui a alguns dias, votar, eu quero arrumar meu guarda-roupas, eu quero fazer um exercício físico rotineiramente, para não ficar sedentária, eu quero sair nos finais de semana para lugares diferentes, para fazer coisas diferente e depois dizer "Eu tenho História para contar!"...
Eu não sei se é preguiça ou o que é que é, que me faz não fazer essas coisas na hora que eu quero. O engraçado é que são coisas tão simples, tão casuais e a gente simplismente deixa passar, deixa pra depois, para mais tarde, quando tiver tempo. Enfim, as vezes eu acho que devemos dar um valor maior a essas coisas, sim, porque faz parte de nossa vida, e principalmente, dar tempo a essas coisas que a gente só "faz" quando tem tempo!

Eu estava aqui na frente do computador, pensando nas coisas que eu queria fazer, ou que eu poderia fazer, até mesmo nesse momento. Achei que isso daria um texto". Então, porque não pensar em QUERER fazer um texto?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Não bom momento


Os dias não são sempre melhores para mim.
Hoje me doeu no peito, uma angústia, quando percebi que nem sempre serei apoiada quando precisar. Continuo com isso dentro de mim. Queria pôr toda essa angústia, essa dor que me maltrata o coração para fora, mas é como se eu sentisse que exteriorizar isso não iria me servir de nada. As pessoas não passariam a achar que eu deva continuar sonhando com aquilo que poderia ser. Para elas, continuaria sendo improvável que eu não me limitasse apenas a dizer que queria, que tinha aquele sonho, que queria buscá-lo, eu continuaria então a não ser apoiada, a ser ignorada, duvidada daquilo que poderia.
Elogios, elogios... muitos, mas nem sempre na hora correta. Aquele elogio que eu esperava daquelas pessoas, naquela hora, não passaram de espectativas não cumpridas que até hoje maltratam-me por dentro, no íntimo. Até hoje, ainda os espero, com um desejo impetante de reconhecimento daquilo que me pode ser atribuído. Eu sonho!
Sonho com aquilo que muitas vezes eu mesma não faço nada para que se realize, e quando faço, espero ser vista por outros, procurando apoiar-me na motivação que me pode ser transmitida, mas não a encontro. Com isso, desencanto...
Eu pude contar isso a alguém, pelo menos admiti que nem tudo está bem. Agora, já me sinto melhor, não por ter que fazer alguém pensar que eu estou mal, mas por ter arrancado em palavras as lágrimas que tenho em mim, dentro, nesse momento.


Acho que todas as pessoas tem seus momentos de ficarem tristes, muitas vezes sem saber porquê, ou por um motivo que não querem dizer; infelizmente, a nossa vida não só é feita de felicidades. Por outro lado, quando esses momentos indesejáveis se vão, percebemos que estar felizes é a melhor coisa que pode nos acontecer. Amanhã, quando eu acordar, verei que olhar o sol nascer, senti-lo, notar que estou viva e rodeada das pessoas que amo é muito mais agradável que senir-se triste.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Simplismente não ignore

Não ignores quem te dá atenção, quem preocupa-se com você. Não é sempre que encontramos pessoas que com toda boa vontade perguntam "Está tudo bem? Você tá com uma carinha não muito boa, posso ajudar?"
Às vezes desperdiçamos oportunidades de fazer boas amizades, simplismente porque não somos capazes de não ser orgulhosos, ou melhor, porque não usamos da capacidade que temos para abraçar as amizades que surgem em nossas vidas.
Você ignora, e a outra pessoa, a ignorada, entendendo que você pode mudar e enchergar que na verdade nem tudo é da forma que você pensa, te perdoa e novamente mostra querer ser sua amiga. Mas você a ignora de novo, ela exita mas novamente pensa em uma possibilidade de mudança, deixa passar... isso acontece várias vezes, e você simplismente, achando que isso não está maltratando ninguém, age normalmente, como se nada tivesse acontecido.
Eu lhe digo, um dia essa pessoa cansará. Cansará de perguntar se está tudo bem com você, se ela pode te ajudar, cansará de ser atenciosa, de ser cuidadosa, de se preocupar com você.
É, você não percebeu, mas disperdiçou a possibilidade de uma grande amizade.
Sentirás falta, acredite, e então tentarás mais uma vez conquistar o companheirismo que então perdestes. Não será fácil! Muitas vezes serás indiferente, duvidada, tratada com algum ressentimento, e com toda razão não achas? mas, se mostrares que realmente mudastes, conseguirás de volta aquilo de que sentes falta.
Sendo assim, olhe para si mesmo,quantas vezes podes ter feito isso e nem ter percebido. É bem melhor tentar mudar antes que de uma forma ou de outra as melhores amizades, as que durariam uma vida, se destruam, ou melhor nem se formem, simplismente por uma ausência boba de palavras tão fáceis, tão casuais "Sim eu estou bem, obrigada!" ou, "Não, eu não estou bem, você pode me escutar? agradeço a sua preocupação!"

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Então,pensei,tanto que escrevi

Aqui, sentada nessa varanda, vejo os carros se movimentarem, passando alí em baixo, na pista. Já é tarde! Quase não vejo pessoas atravessando a rua, e se vejo, imagino, de uma forma inocentemente "óbvia", que devem estar indo em direção a suas casas, dormir, suponho. Muitas delas passam devagar, arrastando os pés, zoando com o atrito provocado pela borracha do chinelo e o calçamento da rua; parecem cansadas, talvez por mais um dia de trabalho, que por tamanha labuta, refletem na velocidade do movimento das passadas o dia exaustivo que possam ter tido, ou não, pode ser porque seu jeito de andar é aquele mesmo, há gente que trabalha o dia todo, e volta com largas passadas, e nesse caso posso supor que seja pela ansiedade de chegar em casa. Não sei...
Já é quase outro dia, e esse que chega ao fim foi tão cansativo, exaustivo. Mas agora notei que tudo o que fiz, que faço, tem um certo fim. Faço porque, na verdade, algo me motiva a isso, a fazê-lo, para depois ver as consequências daquilo que me custou tamanho esforço. Então, penso, tanto que escrevo. É sempre assim, a nossa vida está sempre motivada por algo que nos faça atribuir o nosso tempo a ele. Nós queremos, logo buscamos; se não buscamos, nada que nos espante a sua ausência.
Aqui, a rua continua quase vazia, senão pelas motos e carros que continuam a passar, e os quase nenhum andantes... Mas tudo continua. Amanhã temos mais um dia, e depois de amanhã, outro, para fazermos o que temos a fazer, para buscar o que desejamos.Tudo continuará em movimento, eu, você, as motos, os carros, o mundo, tudo! inclusive esse vento frio, de quase madrugada,que agora bate sobre mim....

Bem, boa noite! O sono já não me deixa mais ficar aqui a escrever; é hora de um bom descanço, e necessário, amanhã tenho que continuar buscando o que quero.

Em 15/09/2010,quando depois de passar um dia todo estudando para uma prova,
reclamei da quantidade de assunto, e do meu tempo, mas percebi que o tempo
que eu gastava fazendo aquilo, era motivado pelo que queria.
Então, pensei, tanto que escrevi!